O que estaria por trás do possível afastamento de quatro vereadores de Dourado? Essa é a pergunta e o ponto de interrogação que paira na cabeça de muitos douradenses e, até mesmo de cidadãos moradores em outros municípios. Dia desses, um cidadão disse: “ Será que essa comissão processante não enxerga que é impossível um final trágico com a cassação de quatro vereadores pelos fatos alegados contra os parlamentares"?
Sessão de Câmara de Dourado - Foto arquivo Ronco
Outro dirigente de uma ONG reconhecida nacionalmente disse:“O que estão fazendo com os quatro vereadores é um escárnio, isso não existe, mais cedo ou mais tarde a justiça irá reconhecer que não há sentido a formação de CP com esses propósitos”.
Denúncia datada em 31/08/2018
Desde a formação da Comissão Processante que no início deu mostras de que teve como pano de fundo a denúncia de um ex-vereador e atual suplente de vereador(suplente do vereador Danilo Inocente), o fato dos quatro vereadores terem defendido e apresentado um projeto no qual uma empresa da cidade pudesse se adequar estruturalmente com um número menor de funcionários e a devolução ao município de parte do imóvel doado. em contrato assinado entre as partes. Essa "denúncia" parece que não surtiu efeito esperado, passou-se então, ao foco na denúncia de que teria havido incitamento por parte dos denunciados, aos presentes em sessão, com ameaças aos demais vereadores que votaram contra o projeto apresentado pelos quatro vereadores. Em um trecho da denúncia, Sergio Guanho diz: "Ademais, conforme se observa nas imagens, (mídia anexa), os vereadores requeridos incitaram a desordem e a desobediência a uma decisão judicial, tendo os presentes proferido ameaça aos demais vereadores que acolheram o parecer da Procuradoria Legislativa e votaram contra o projeto de Lei, condutas essas que configuram crime contra a paz jurídica e intervenção ilegal dos representados com o intuito de intimidar não só o Poder Legislativo, como também os Poderes Judiciário e Executivo".
É bom que fique registrado, que a prefeitura tem um contrato com uma determinada empresa da cidade que foi beneficiada com a doação de terreno do município para se instalar na cidade. Ocorre que a empresa não conseguiu cumprir com o acordado na questão do número mínimo de funcionários que teria que contratar. Na justiça tramita uma ação de reintegração de posse para o município, pois a empresa não conseguiu cumprir com o acordado em contrato. A empresa é vencedora dessa ação em primeira e perdedora em segunda instância e recentemente, recorreu para Brasília(última instância).
Na verdade temos que separar o fato jurídico do político. O jurídico continua tramitando e a palavra final virá mais cedo ou mais tarde. A empresa está em franca desvantagem nesse processo. O fato político transcorre na câmara municipal, e os vereadores, em tese, são soberanos para decidirem o que fazer. Ocorre que mesmo sendo dessa forma, não é possível atropelar leis e ritos. O que se viu recentemente em uma das sessões foi a fragilidade da CP em seguir corretamente com os trabalhos sem que houvesse erros na sua condução, haja vista, que o advogado de defesa Fabio Oliva, experiente em causas administrativas, embargou a sessão apontando falhas consideradas primárias.
SUSPENSÃO da CP
